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Podcast: o acesso à saúde pela pessoa trans e não-binária.

  • Foto do escritor: José Silva Brás
    José Silva Brás
  • 28 de abr. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de jun. de 2021


GAT | Sui Generis


O Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT) é a primeira associação de apoio às pessoas de diferentes comunidades e diferentes organizações, afetadas pelo VIH e SIDA, que o Sui Generis entrevistou para o primeiro episódio sobre o acesso à saúde pela pessoa transgénero e não-binária. A primeira parte deste episódio, lançado hoje nas plataformas Soundcloud e Anchor by Spotify, foca as limitações aos serviços médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).


Pode ouvir este episódio no soundcloud ou no anchor.fm


Nos mais de 16 minutos de conversa, Leatitia e Sofia referiram a importância da informação prévia, sublinhando a possível inviabilização da pessoa transgénero e não-binária a serviços de saúde e a exames médicos "relevantes à sua situação corporal", como referiu Leatitia, caso tenha mudado o género e nome no cartão de cidadão. Esta situação decorre em paralelo à burocracia no acesso à terapia hormonal e às cirurgias de redesignação sexual, dependentes de dois pareceres de equipas multidisciplinares de sexologia clínica, da validação do colégio da especialidade e, ainda, da rubrica do bastonário da Ordem dos Médicos, atendendo ao "princípio da cautela", como refere a colaborado do GAT.


Depois de exemplificar as "bengalas" linguísticas que facilitam o tratamento correto das pessoas transgénero e não-binária - o uso da linguagem neutra, o uso correto e respeitoso dos pronomes e dos nomes sociais pelos quais a pessoa quer ser tratada - a enfermeira Sofia recorda casos de complicações médicas, em que a pessoa injeta silicone industrial nos glúteos e nas mamas, por falta de acessibilidade à saúde ou medo do preconceito "nas estruturas mais tradicionais do SNS", refere.

Sem capacidade de atender todo o tipo de situações clínicas, Sofia reforça ainda a possibilidade da associação para o encaminhamento - "somos complemento ao serviço nacional de saúde, não estamos aqui para replicar respostas", diz.


Como se pode ouvir no podcast, o GAT é uma associação de base comunitária que surgiu há quase 20 anos, fundado por pessoas infetadas ou afetadas pelo VIH, cuja missão é a melhoria da qualidade de vida das pessoas afetadas pela sindemia. Neste sentido, o apoio que oferece é o mais variado - desde tratamentos e organização de serviços a modelos de compra centralizada de serviços ou medicamentos, como é o acompanhamento das pessoas com interesse ou já em profilaxia pré-exposição (PrEP).

A organização desenrola-se em vários centros, dos quais se destaca o CheckpointLX como a estrutura mais antiga a fazer rastreio rápido, dirigida a homens que fazem sexo com homens, numa lógica de atendimento a pares, isto é "toda a equipa do CheckpointLX é constituída por homens que fazem sexo com homens para que ninguém tenha receio de descriminação" sublinha Laetitia.


O Espaço Intendente, representado pelas convidadas do Sui Generis, é um espaço de saúde dirigido a trabalhadories do sexo e clientes, pessoas transgénero, pessoas em situação de migração e aquelus que dormem na rua.

 
 
 

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